Adaptações éndocrinas ao treinamento

Podemos dizer que os hormônios são potentes reguladores de inúmeras ações orgânicas. Desde controlar os batimentos cardíacos até realizar diurese em processos de excesso de água corporal.

A liberação depende da integração do hipotálamo, da hipófise e das glândulas periféricas que produzem hormônios específicos. Alguns fatores influenciam na liberação dos hormônios, como sono, dieta, temperatura, e o exercício físico.

Detalhadamente podemos encarar o exercício como um potente regulador de inúmeros hormônios que são liberados, antes, durante e após a sessão de treino. Dentre os principais hormônios influenciados pelo exercício estão o cortisol, GH, testosterona, além de fatores de crescimento, como o IGF-I( insulin growth factor-I).

Esses hormônios supra citados aumentam diante de exercícios de alta intensidade, como treinamento de força e exercícios anaeróbicos. Segundo Badillo & Ayesteran (2000) séries de 4 a 6 repetições máximas, no treinamento de força, aumentam a liberação de testosterona pós treino. Fleck e Kramer (2006) relatam que o GH aumenta após sessões de treinamento de força com intervalos mais curtos. Esse dois hormônios são responsáveis ela sinalização intra muscular para hipertrofia muscular (aumento do volume dos músculos). Já o hormônio cortisol pode aumentar a degradação muscular e diminuir a imunidade, quando liberado em excesso. Os treinamentos em alta intensidade realizados de maneira crônica, associados ou não a uma dieta restrita aumentam a liberação desse hormônio, podem gerar queda no desempenho no treinamento de força e no treinamento aeróbico.

com a evolução do treinamento os hormônios são liberados em menor quantidade para realizar o mesmo trabalho. Podemos afirmar que isso é uma adaptação positiva ao treinamento, mas deve existir periodicamente uma quebra desse equilíbrio, para gerar novas adaptaçõese potencializar a liberação desses e de outros hormônios.

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